Por: Rosielle Pegado
Um pouco de história
Quando estava no início da minha fase escolar, aos 6 anos de idade, tinha um cofrinho e guardava todas as minhas moedas lá. Porém, veio o plano económico e, com ele, a mudança de moeda. Trocamos o cruzado pelo cruzeiro, ou seja: perdi tudo, e meus pais nem imaginavam a quantidade de moedas que juntei. Ao ver minha decepção, meu pai disse: "Se você juntou tudo isso nessa idade, você pode juntar de novo, afinal ainda tem muito tempo pela frente". E completou: "Tão importante quanto economizar dinheiro é saber gastá-lo, então nunca gaste mais do que você ganha.”
Como eu ainda estava muito chateada com a situação, no momento não entendia muito bem a profundidade daquela frase, mas guardei ao fundo essas informações. Certa vez, estava na cozinha, e minha mãe estava falando sobre algo que havia acontecido com o salário. E meu pai retrucou, afirmando que minha mãe não sabia cuidar do dinheiro.
Talvez esse tenha sido o motivo pelo qual sempre fui estimulada por ele a cuidar bem do dinheiro e, encorajada pela minha mãe, desenvolvi grandes habilidades numéricas.
Viagens, números e descobertas
Sempre gostei de estudar e matemática era o assunto que mais gostava, tanto que quando minha mãe teve dificuldade em fazer os relatórios da merenda escolar do seu trabalho, ela não teve dúvida em me pedir ajuda para que eu calculasse os relatórios, eu fiz isso dede os12 anos até minha mãe se aposentar
Nunca pensei que o trabalho de planejar a merenda escolar no trabalho da minha mãe um dia seria minha profissão, quando morei na Alemanha percebi que as mulheres eram mais seguras e sabiam controlar o dinheiro, mas quando comecei a desempenhar o papel de planejamento financeiro evidente quando eu comecei a atuar como planejadora financeira percebi que as mulheres que administravam seu próprio dinheiro têm mais segurança e riqueza, do que aquelas que delegam para os maridos. Depois de fazer essa observação, comecei a observar o comportamento da cliente.
Após um longo período de análise e pesquisa sobre planejamento financeiro percebi que as mulheres que administram a renda, são mais seguras, decididas e possuem boas reservas financeiras, ao mesmo tempo as mulheres que delegam a função de administrar o dinheiro para o parceiro, estão endividadas, insatisfeitas com a realidade financeira e trabalham de forma exaustiva para sair do vermelho. Além das mulheres que não acreditam no seu potencial, que são capazes de ter uma vida financeira abundante, ou querem criar uma conta na corretora para começar a investir. Fiquei pensativa de como ajudar o maior número de mulheres.
Além disso, durante minha adolescência escrevia em um diário e no final de cada ano, relia tudo e me imaginava fazendo um livro, já que eu gostava muito de escrever.
Então, decidi criar um livro que mostrasse a conexão entre o agora, o presente e o passado – explicasse, que estamos vivendo a vida como temos hoje devido à alguns bloqueios ou estímulos colocados em nosso inconsciente por nossos pais, avós e, talvez, até bisavós. Porque eles, à sua maneira, tentaram nos proteger e essa proteção gerou uma escassez em relação ao dinheiro, mesmo sem intenção, afinal foram nossos anjos, cuidaram de nós, lutaram por nós e nos guiaram até onde estamos hoje.
Planos e epifanias
Certa vez, eu estava em um dia chuvoso na praia, e ali contemplando a imensidão do mar, escutei Deus falando comigo. Ele disse: "Mulheres Independentes - esse é o nome do seu próximo livro". Corri até o meu marido e pedi pra me ajudar a lembrar o títul do livro.
Ao voltar para o atendimento, fui perguntando para as clientes como era a relação com dinheiro e lembrei que muitos exemplos eram iguais ao meu modelo de criação.
Eu também queria escrever um livro que dissesse à minha leitora algo como “pare de pensar e viver pequeno, comece a pensar e viver grande”.
Por esse motivo, antes de escreve, busquei fazer um apanhado de duas linhas: a primeira sobre as barreiras que as mulheres têm por conta da nossa educação, e a segunda parte que é o planejamento em si.
Outra influência que tive durante o processo de escrita, foram as propagandas de investimentos nos EUA eram bem diferentes para homens e mulheres, para os homens tinham o objetivo de poder, e para a mulher o incentivo como cuidadora do lar. Me perguntei um dia se poderia escrever um livro especificamente para mulheres, como protagonistas femininas, que não tivessem nenhum paradigma, e não fossem bobas.
O objetivo é incentivar as mulheres a serem líderes da sua vida, aprendendo a tomar decisões enfrentando seus medos. Então, em vez de ficar envergonhada, arrastando essa dificuldade em lidar com as finanças com você pelo resto da vida, agradeça. Comemore. E, se você tem um dom que ninguém mais tem, seja ele qual for, então use-o. E, se isso significa ser diferente de todos os outros, ser um pouco estranha, e excêntrica, você deve usá-lo ainda mais.
As diferenças devem ser encorajadas, exploradas e compartilhadas, em vez de escondidas.
O livro
Escrevi essa obra para incentivar as mulheres a se tornarem mais fortes, mais confiantes, mais energizadas e mais poderosas do que nunca. A jornada para alcançar seu potencial pleno e criar a vida para a qual você foi feita começa por dentro.
Em “Mulheres Independentes'', mostro que você só pode vencer os obstáculos se superar seu medo. Escrevi esse livro pra despertar o leão que está adormecido em você e o sacudir um pouco. Transformá-lo em algo aceitável, em vez de algo de que fugimos.