Esse é um questionamento tão universal para os escritores quanto o “ser ou não ser” de Hamlet. Muitos de nós crescemos com o sonho de escrever, de ver nossos livros nas prateleiras das livrarias, de sermos reconhecidos pela nossa literatura e termos fãs que leiam nossas obras. É uma existência onírica que não faz mal a ninguém. Exceto quando você não sabe separar o sonho da realidade.
Contradizendo um pouco o que falei na última frase, nada impede que a escrita seja tanto um sonho quanto uma carreira, uma vez que vários escritores profissionais e renomados utilizam-se de ambos os aspectos. O importante para qualquer autor que esteja iniciando nesse trajeto é não se deixar cair na romantização e idealização de uma utopia.
Para alguns – como eu –, a escrita começa como um sonho, uma paixão pela expressão criativa, pela comunicação de ideias e pela arte de contar histórias. É algo que começou como um desejo pessoal de criar e compartilhar com os outros. Quando comecei a escrever – bastante nova por sinal –, eu sentia essa necessidade de colocar as palavras no papel ou no computador, qualquer lugar que pudesse materializar o que estava na minha cabeça. Nesse sentido, é um sonho realizado quando alguém pode dedicar tempo e energia à escrita, explorando seu potencial criativo e desenvolvendo suas habilidades ao longo do tempo.
Por outro lado, para muitos escritores, a escrita também se torna uma carreira. Eles podem escolher estudar literatura, jornalismo, ou áreas relacionadas para aprimorar suas habilidades técnicas. Podem buscar oportunidades de emprego como redatores, jornalistas, roteiristas, escritores de conteúdo, entre outros. Um bom tempo depois de começar a escrever, cursei a faculdade de Escrita Criativa, comecei a trabalhar como Diretora de Aquisição na FLYVE e entrei no Mestrado em Letras, tudo isso visando a um aprimoramento da minha qualidade como escritora e buscando uma carreira junto ao sonho que se iniciou anos atrás. Assim, essa paixão inicial foi transformada em uma profissão que não apenas me realiza pessoalmente, mas também me proporciona meios de subsistência.
A interseção entre sonho e carreira na escrita pode variar de pessoa para pessoa. Alguns escritores podem focar mais na realização pessoal e na expressão artística, enquanto outros podem se concentrar em oportunidades profissionais e no reconhecimento público.
Em qualquer caso, a escrita pode ser uma jornada gratificante e também desafiadora, envolvendo a busca pela autoexpressão ou a construção de uma carreira sustentável.
O fundamental é que você compreenda essa separação e não se deixe enganar por uma interpretação confortável da frase “Se você pode sonhar, você pode realizar”, do Walt Disney. Sim, qualquer sonho pode se tornar realidade, mas isso requer tempo, experiência, dedicação – e um tantinho de sorte. Caso você, autor iniciante, apenas sonhe e deixe para que o universo absorva a sua força de vontade e faça as coisas acontecerem, vou te dar um spoiler: nada vai acontecer e esse seu “sonho” vai continuar no imaginário.
Pode ser meio pessimista, mas prometo que não é! A chave para se encontrar na escrita está em encontrar um equilíbrio entre a paixão e as oportunidades de desenvolver habilidades e alcançar objetivos profissionais dentro do campo literário.
E caso tenha uma obra prontinha e queira finalmente publicá-la de forma física, envie seu original para a FLYVE fazer uma avaliação!
Para isso, basta você mandar uma mensagem para mim (51 9709-6736) ou enviar um e-mail para publicacao@flyve.com.br
Beijos da Marina
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