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COMO ESCREVER DIÁLOGOS?

Foto do escritor: Marina Solé PagotMarina Solé Pagot



Como alguém que diariamente está em contato com originais de autores com o desejo de publicação, me deparo com muuuitas obras diariamente. Algumas requerem mais qualidade, outras mais técnica, outras estão bem desenvolvidas mas o autor precisa desenvolver seu perfil...

 

Porém, uma questão que pode parecer fácil, é uma técnica negligenciada por escritores iniciantes: a escrita do diálogo.

 

Alguns autores têm medo de utilizar o diálogo – já outros deveriam ter medo de usá-lo. O diálogo é uma ferramenta utilizada para dar agilidade à trama, revelar os personagens e acrescentar sutilezas ao texto, ao mesmo tempo que transporta o leitor para o momento presente da cena, por isso ele se torna um instrumento importante na construção da sua narrativa. Entretanto, não existe uma necessidade de escrita de diálogos: ele pode ser mencionado pelo narrador (discurso indireto).

 

O importante é você saber escrever diálogos que sejam verossímeis. Seguem abaixo alguns conselhos para aprimorar sua escrita de diálogos:

 

1.    Não fale demais

 

Recebo muitos originais com diálogos como:

 

— Oi, tudo bem?

— Tudo e com você?

— Tudo bem. Estou indo para a escola.

— Que legal!

— Sim. Tchau!

— Tchau!

 

Uma troca completamente inútil para a narrativa, certo? O diálogo é útil para que os leitores conheçam os principais detalhes do enredo. Ele vai aparecer em destaque no texto, então não o utilize sem um propósito.

 

2.    Não exagere nos verbos dicendi

 

Verbos dicendi (aqueles verbos de “dizer” alguma coisa) excessivos tornam a leitura menos crível e também mais maçante. Ex:

 

“Eu não faria isso se fosse você”, disse ele.

 

Eles são úteis para identificar quem está falando para que seu leitor não se confunda. Por outro lado, você não precisa identificar toda hora quem está falando. Ex:

 

“Não estou com fome, pai.”

“Mas, filho, fiz a comida para você.”

“Posso comer depois?”

 

Está claro quem está falando, certo? Então, você não precisa de verbo dicendi.

 

3.    Atenção ao ritmo

 

O ritmo é essencial para qualquer narrativa. Balanceie o diálogo com a narração e use a descrição, quando necessário, para unir as conversas dos personagens no espaço e no tempo em que estão. Assim, você vai dar ainda mais qualidade, movimento e fluidez para seu texto!

 

4.    Qual marcação utilizar para escrever diálogos?

 

Para publicação na FLYVE, o padrão utilizado é aquele mais aceito nacionalmente para marcar diálogos diretos, ou seja, o travessão. No entanto, não existe uma regra: você pode usar aspas (“”) ou nem mesmo marcar os diálogos. Desde que funcione e você mantenha um padrão para seu leitor não ficar perdido, tá valendo!

 

No caso da pontuação, optando por travessão, você deve iniciar a frase com travessão (—), colocar a falar do personagem, seguida de um novo travessão (), a explicação de quem disse e, então, o ponto final.

 

Exemplo:

 

— Preciso resolver isso hoje — disse João.

 

Ou se a fala continuasse:

 

— Preciso resolver isso hoje — disse João —, senão estarei atrasado nas entregas.

 

Se usássemos as aspas, poderia ficar assim:

 

“Preciso resolver isso hoje”, disse João.

 

“Preciso resolver isso hoje”, disse João, “senão estarei atrasado nas entregas.”

 

 

IMPORTANTE: lembre-se que, para publicação na FLYVE, aceitamos apenas os diálogos escritos com travessão, o que não significa meia-risca, hífen, aspas ou qualquer outra forma (itálico, nome do personagem + dois pontos, etc).


 

E caso tenha uma obra prontinha e queira finalmente publicá-la de forma física, envie seu original para a FLYVE fazer uma avaliação!


Para isso, basta você mandar uma mensagem para mim (51 9709-6736) ou enviar um e-mail para publicacao@flyve.com.br


Beijos da Marina

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